De 10 a 18 de outubro, Seia volta a acolher o CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, iniciativa que se afirma como um dos mais antigos festivais de cinema ambiental do mundo.
Na sua 31.ª edição, o certame apresenta 81 longas, médias e curtas-metragens de 31 países, em língua portuguesa e estrangeira, com olhares distintos sobre os desafios ambientais contemporâneos.
A Seleção Internacional de Longas-Metragens reúne dez obras em estreia absoluta em Portugal. Entre elas, “White House Effect”, de Bonni Cohen, Pedro Kos e Jon Shenk (EUA), que aborda as origens da crise climática e o impacto das disputas políticas durante a presidência de George H.W. Bush. Também em destaque está “Black Snow”, de Alina Simone (EUA), centrado numa ecoativista da Sibéria, apelidada de “Erin Brockovich da Rússia”.
Na competição de língua portuguesa, destaca-se a estreia nacional do documentário brasileiro Tesouro Netterer, de Renato Barbieri, vencedor do festival É Tudo Verdade 2024, no Brasil. De Portugal, Marta Pessoa apresenta Isto não é um Jardim, um olhar poético sobre os jardins de Lisboa. Já a realizadora indiana Kopal Joshy viajou até à Serra da Estrela, onde registou a amizade com um antigo morador no documentário Somos dois abismos.
A programação integra ainda a Competição de Curtas e Médias-Metragens, internacionais e lusófonas, bem como o Panorama Regional, dedicado a obras ligadas à Serra da Estrela. Este ano, o festival estreia uma nova categoria competitiva, dedicada a curtas-metragens de ficção, não ficção e animação, com 13 filmes de 12 países.
Organizado pelo Município de Seia desde 1995, o CineEco distingue-se por ser o único festival português inteiramente dedicado ao ambiente. Com entrada gratuita, o evento decorre durante oito dias e inclui, para além das exibições cinematográficas, conferências, workshops, concertos, exposições e um mercado de filmes, procurando fomentar a cidadania ativa, a valorização do território e a educação ambiental.