As eleições autárquicas de 2025 ficaram marcadas por disputas renhidas em vários concelhos do distrito da Guarda, com vitórias repartidas entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Socialista (PS), e a consolidação de alguns movimentos independentes.
Gouveia
Jorge Ferreira (PSD) sucede a Luís Tadeu na presidência da Câmara Municipal de Gouveia, após uma das votações mais equilibradas do distrito. O candidato social-democrata foi eleito com 44,70% dos votos (3.427), conquistando quatro mandatos.
Joana Viveiro (PS) ficou a apenas 53 votos de distância, com 44,01% (3.374 votos) e três mandatos. O Chega obteve 5,50% (422 votos), seguido do CDS-PP com 1,34% (103) e da CDU com 1,10% (84).
Registaram-se 172 votos brancos (2,24%), 85 nulos (1,11%) e uma abstenção de 35,35%.
Seia
O PS reforçou a sua posição em Seia, garantindo a vitória tanto na Câmara como na Assembleia Municipal. Com 49,44% dos votos (6.554), os socialistas asseguraram quatro mandatos, enquanto o PSD somou 33,83% (4.484 votos) e três mandatos.
Pinhel
Daniela Capelo (PSD) conquistou a Câmara de Pinhel com 49,27% (2.919 votos) e três mandatos. O movimento independente UPP – Unidos Por Pinhel, liderado por António Ruas, obteve 40,23% (2.383 votos) e dois mandatos.
O Chega alcançou 6,06% (359 votos) e a CDU 1,11% (66 votos). Houve 90 votos em branco (1,52%), 107 nulos (1,81%) e uma abstenção de 30,75%.
Guarda
Sérgio Costa foi reeleito presidente da Câmara da Guarda, garantindo maioria absoluta com quase 46% dos votos. A coligação PG-NC-PPM elegeu quatro vereadores. A festa na Praça Velha ficou marcada pela vitória do PSD na Junta de Freguesia da cidade, conquistada por Carlos Chaves Monteiro.
João Prata liderará a oposição social-democrata, enquanto António Monteirinho (PS) ainda não confirmou se assumirá o mandato de vereador.
Aguiar da Beira
Virgílio Cunha, do movimento Unidos Pela Nossa Terra, foi reeleito para um segundo mandato, com 50,02% (2.090 votos) e três vereadores. António Gomes (PSD) alcançou 43,63% (1.823 votos) e elegeu dois.
O Chega obteve 2,78% (116 votos), a CDU 0,36% (15 votos), registando-se 63 brancos (1,51%), 71 nulos (1,70%) e abstenção de 27,85%.
Trancoso
Daniel Joana (PS) venceu as eleições em Trancoso, sucedendo a Amílcar Salvador, com 43,09% (2.456 votos) e três mandatos. João Figueiredo (PSD/CDS-PP) ficou em segundo lugar com 39,14% (2.231 votos).
O Nós, Cidadãos! registou 8,65% (493 votos), o Chega 4,49% (256) e a CDU 1,28% (73). Houve 88 brancos (1,54%), 103 nulos (1,81%) e abstenção de 32,36%.
Sabugal
Vítor Proença foi reeleito presidente da Câmara do Sabugal com 48,54% (3.249 votos), garantindo maioria absoluta e quatro mandatos. Paulo Leitão Batista (PS) obteve 28,76% (1.925 votos) e dois mandatos, enquanto Francisco Barros (Chega) conquistou um lugar no executivo com 17,26% (1.155 votos).
A CDU ficou-se pelos 1,09% (73 votos). Houve 183 votos em branco (2,73%), 108 nulos (1,61%) e abstenção de 41,14%.
Almeida
António José Machado (PSD) foi o primeiro autarca a garantir reeleição na noite eleitoral. O presidente da Câmara de Almeida assegurou o segundo mandato com 1.134 votos, contra 580 de Alexandre Gonçalves (PS), quando ainda faltavam duas freguesias por apurar.
Manteigas
O independente Flávio Massano alcançou uma vitória histórica em Manteigas, obtendo maioria absoluta com 65,38% (1.354 votos) e quatro mandatos.
O PS, liderado por Nuno Soares, somou 21,15% (438 votos) e garantiu um mandato. O PSD ficou fora do executivo pela primeira vez, com 9,17% (190 votos). A CDU obteve 0,77% (16 votos) e o Chega 0,63% (13 votos).
Registaram-se 21 brancos (1,01%), 39 nulos (1,88%) e abstenção de 28,7%.
Arganil
O PSD reconquistou a Câmara de Arganil, com 49,12% dos votos (3.160) e quatro mandatos, permitindo a reeleição de Luís Paulo Costa.
O PS manteve-se na oposição com 37,04% (2.383 votos) e três vereadores. O Chega ficou em terceiro com 7,34% (472 votos), seguido da coligação PCP-PE com 2,70% (174 votos).
Houve 2,35% de votos brancos e 1,45% nulos.
Oliveira do Hospital
O PS reforçou a maioria absoluta com 51,26% dos votos, elegendo quatro vereadores. O PSD obteve 24,89% (2.985 votos) e dois mandatos, enquanto a coligação CDS-PP/NC alcançou 15,90% (1.907 votos) e um mandato.
O Chega registou 3,31% (397 votos) e a CDU 1,73% (208 votos).
Houve 1,42% de votos brancos e 1,48% nulos.
Nelas
Joaquim Amaral foi reeleito pelo PSD, mas perdeu a maioria absoluta. O partido somou 40,50% (3.246 votos) e três vereadores. O PS obteve 36,94% (2.961 votos) e dois mandatos.
O CDS-PP conquistou 11,13% (892 votos) e um mandato, enquanto o Chega registou 6,31% (506 votos). A CDU ficou-se pelos 1,65% (132 votos).
O novo executivo municipal será mais fragmentado, obrigando o PSD a negociar para garantir estabilidade.
Mangualde
Marco Almeida (PS) assegurou novo mandato à frente da Câmara de Mangualde, com 48,02% (5.537 votos) e quatro mandatos.
A candidatura independente Novo Rumo somou 19,00% (2.191 votos), tal como a coligação PSD/CDS-PP com 18,95% (2.185 votos), ambas com um mandato.
O Chega conquistou 9,83% (1.133 votos) e a CDU 1,12% (129 votos), sem representação.
Fornos de Algodres
Alexandre Lote (PS) foi eleito presidente da Câmara de Fornos de Algodres com 57,84% dos votos, sucedendo a António Pina Fonseca. Até agora vice-presidente da autarquia, Lote inicia o primeiro mandato à frente do município, derrotando Rui Cabral Ferreira (Chega), Joaquim Almeida (PCP-PEV) e Rui Furtado (PSD).


