Os presidentes das câmaras municipais de Seia e de Oliveira do Hospital, Luciano Ribeiro e José Francisco Rolo, respetivamente, decidiram desativar os Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil, após a resolução do incêndio rural que teve início a 13 de agosto, no Piódão, concelho de Arganil.
A decisão foi tomada na sequência da avaliação da evolução da situação em ambos os territórios, onde continuam trabalhos de vigilância e operações de rescaldo.
O incêndio, que deflagrou às 5h08, atingiu em Seia as freguesias de Vide e Cabeça, Teixeira, Alvoco da Serra e Loriga. Já em Oliveira do Hospital, o fogo propagou-se às freguesias de Aldeia das Dez, Avô, Alvoco das Várzeas, Lourosa, Nogueira do Cravo, União das Freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira, bem como à União das Freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira.
Entre os fatores que levaram à desativação dos planos estão a desmobilização de uma parte significativa dos meios operacionais, a melhoria das condições meteorológicas, a reposição gradual da normalidade nos serviços e infraestruturas e a redução do risco para pessoas e bens.
O Município de Seia garantiu que continuará a acompanhar de perto a situação no terreno e a manter a população informada em articulação com as autoridades de proteção civil e forças operacionais.
Já a autarquia de Oliveira do Hospital salientou a importância da prevenção, apelando à comunidade: “Somos Todos Proteção Civil. Mantenha uma postura ativa e vigilante, sempre com segurança.”
Recorde-se que o fogo, iniciado no Piódão (Arganil, distrito de Coimbra), alastrou-se aos concelhos de Seia (Guarda), Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra (Coimbra), bem como aos concelhos da Covilhã, Fundão e Castelo Branco (distrito de Castelo Branco).
De acordo com dados provisórios, até 23 de agosto arderam cerca de 57 mil hectares neste incêndio, que começou na Serra do Açôr e deixou um vasto rasto de destruição até à Torre, na Serra da Estrela.